O policial tira ela de dentro da sala e Artur entra no escritório ao lado de Fernando, eu e ele nos encaramos.
— Você está bem? — o investigador pergunta.
— Sim! — eu falo deixado as lágrimas descerem.
— Eu sinto muito por toda essa descoberta — ele fala — Eu tomarei o depoimento dela, eu consegui a liminar para que a gravação fosse usada como prova — eu o encaro .
— Obrigada.
— Eu vou precisar fazer algumas perguntas e que você vá depor novamente na delegacia — eu assinto.
— Claro — eu falo.
— Mas pode ser amanhã — ele fala — Eu aguardo você lá.
Eu me viro e vou até a mesa pegando a urna com as cinzas de Paulo a colocando novamente no cofre, em silêncio. Eu fecho a porta do cofre e coloco o quadro sobre e começo a chorar.
Eu jamais imaginei que conhecer Marília, ter uma amizade com ela, faria que no futuro ela destruísse a minha vida, eu me abaixo e começo a chorar muito, eu tinha perdido toda a dureza e firmeza que eu tive até agora enquanto falava com ela.
Eu olho para nossa foto e