Eu acordei cedo e o sol ainda estava nascendo, algo que eu e Paulo fazia sempre quando vínhamos para cá, acordar cedo para aproveitar o dia juntos. Aqui era o nosso refúgio, refugiados da nossa vida corrida, da empresa. Era o lugar que a gente desconectava do mundo e se conectava um ao outro.
Iria ser difícil lidar com a sua ausência, dizem que o luto a gente só começa a sentir quando sentimos falta da pessoa no dia a dia, então eu iria viver o luto eternamente.
— Bom dia mãe — Pedro fala quando encontro ele na praia.
—Chegando agora? — eu pergunto.
— Sim — ele fala — Na verdade eu cheguei ainda de madrugada, mas não consegui dormir.
— Por quê? — eu pergunto.
— Eu acho que eu quero voltar para casa — ele fala — Aqui me traz ainda mais lembrança do papai — eu o abraço forte sem