Ana testemunhava tudo isso acontecer diante de seus olhos. As ações de Pedro agora mesmo foram completamente inesperadas, deixando-a perplexa. Foi somente quando viu Pedro segurando uma arma e prestes a atirar em Teófilo que ela recuperou a compostura abruptamente.
- Pedrinho, não faça isso!
Pedro, saindo do fervor em que estava, repentinamente voltou à realidade. Ele se virou para Ana e disse:
- Mas, mamãe, eu não posso aceitar...
Ao ver os olhos vermelhos do pequeno, Ana percebeu que ele estava assustado e também genuinamente irritado. No entanto, afinal de contas, ele era apenas uma criança de cinco anos. Ela não podia permitir que uma criança carregasse esse fardo.
Assassinar alguém a tiros não deveria fazer parte da infância de Pedro. A morte de Teófilo era merecida, mas sua partida se tornaria o pesadelo da vida de Pedro, e isso não valia a pena.
- Pedrinho, me dê a arma.
Ana falou com firmeza.
Pedro hesitou por um momento, mas no final cedeu e entregou cuidadosamente a arma para