Marília respondeu friamente:
— O que isso tem a ver com você?
— Só estou tentando te alertar. — Esperança franziu a testa. — Considerando que já fomos amigas, não quero te ver sendo enganada. No meio artístico não existe sentimento verdadeiro, esse mundo é cheio de gente que pisa nos outros para subir, que só sabe usar os outros. Você devia manter distância dela!
Marília de repente sorriu:
— Amigas? Quando foi que nós realmente fomos amigas?
Ao ouvir o desprezo na voz dela, o rosto de Esperança assumiu várias expressões, claramente constrangida. Mordeu o lábio e disse:
— Mimi, eu sei que hoje você já não me considera uma amiga, mas no meu coração eu sempre serei grata a você. Se não fosse por você...
Marília a interrompeu com impaciência:
— É melhor a gente fingir que nem nos conhecemos. — E, com isso, ela apertou o botão do elevador e entrou.
Esperança ficou parada, encarando a porta do elevador se fechar. Seu rosto ficou pálido, depois avermelhado de raiva:
— A única diferença é que