Ao ouvir a palavra "dormiu", o sangue de Marília lhe subiu todo à cabeça. Ela não esperava que Leandro fosse dizer uma coisa dessas bem na frente de Atilio.
Ficava claro qual era a relação entre os dois.
Atilio olhou para aquele homem tomado pelo ciúme, manteve um sorriso educado no rosto e disse:
— Srta. Marília, você e o presidente Leandro devem ter algo a conversar. Vou deixá-los a sós.
O peito de Marília subia e descia com força. Ela conteve a raiva e se virou:
— Desculpe, hoje você vai sair sozinho. Eu mesma vou conversar com a minha mãe depois.
Atilio assentiu com a cabeça e fechou a porta do banco do passageiro.
Marília o observou enquanto ele dava partida no carro e se afastava. Ela então levantou o rosto, com o olhar gélido e a raiva escancarada:
— Solta!
Ela não foi embora com aquele homem, e só pelo que disse, ele já sabia que o relacionamento deles não era como imaginava.
Isso deixou Leandro um pouco mais aliviado. Ele soltou a mão dela e suavizou o tom de voz:
— Onde você