Assim que essas palavras foram ditas, a atmosfera dentro do carro pesou.
Leandro olhou para o rosto frio e sereno da mulher e falou, com um tom impassível:
— Se estiver grávida, então que tenha o bebê.
— Ter o bebê? — Marília soltou uma risada sarcástica, virou-se para encará-lo, e em seus olhos frios havia apenas desprezo e raiva. — Leandro, uma criança é uma vida, não um objeto. Se nascer, teremos que assumir a responsabilidade por ela. Você acha que uma criança com pais como nós teria alguma chance de ser feliz?
— Eu serei um bom pai.
Ele queria compensar, com esse bebê, toda a culpa que carregava pelo que aconteceu com o outro filho.
Mas Marília foi firme:
— Eu não vou deixar meu filho ser um bastardo! — Os lábios de Leandro se moveram, como se fosse dizer algo, mas antes que qualquer som saísse, Marília continuou. — Leandro, a nossa relação é puramente uma troca. Eu nunca tive a intenção de ter um filho com você. Mesmo que agora você não me deixe sair para comprar o remédio, eu ir