Jantaram juntos à noite, e Marília comia especialmente devagar. Naquele dia, ela nem ligou a TV.
Depois de terminar a refeição, Leandro largou os talheres e ficou olhando para ela fixamente enquanto comia.
— Tem algo te preocupando?
Marília assentiu suavemente com a cabeça e levantou os olhos.
— Amanhã à noite não vou poder vir aqui cozinhar para você.
— Não tem problema, eu posso me virar na cantina.
Marília respondeu com um simples:
— Está bem.
Vendo que ela não dizia mais nada, Leandro se levantou e foi para o escritório cuidar do trabalho.
À noite, ao levá-la de volta, ele estacionou o carro e, após vê-la entrar, esperou por cerca de dez minutos. Como ela não ligou nem enviou mensagem, Leandro decidiu voltar para casa, mas, no momento em que colocou o celular no bolso, o telefone vibrou.
Ele o retirou rapidamente e, ao ver o número na tela, sua expressão tensa se suavizou um pouco. Atendeu:
— Mãe.
Do outro lado, a mulher perguntou carinhosamente:
— Já jantou?
— Já.
— Então, amanhã