Marília sentiu o rosto gelado:
— O que você está fazendo aqui?
Anselmo apagou o cigarro entre os dedos, deu largos passos em sua direção, lançou um olhar para o homem atrás dela e agarrou sua mão, questionando-a com raiva:
— Você dormiu com ele?
Os olhos de Anselmo estavam vermelhos de fúria, a raiva queimando neles, como se fosse consumi-la por inteiro.
Marília o encarou daquele jeito, como se fosse a errada, como se tivesse traído ele. A acusação implícita a fez rir de indignação:
— O que isso tem a ver com você? Me solta agora!
Ela tentou puxar a mão, mas Anselmo a apertou ainda mais, segurando com tanta força que parecia querer quebrar seus ossos.
— Marília, durante todo o tempo que estivemos juntos, eu nunca tive coragem de te tocar, e você... Como pôde ser tão fácil? Você foi morar com esse cara? Como pode deixar outro homem te tocar?!
— Anselmo, me solta! Você está me machucando!
Renato interveio rapidamente:
— Senhor, vamos conversar com calma, não precisa