Ao ouvir essas palavras, Marília sentiu um susto no coração.

Ela já sabia que Cipriano, mais cedo ou mais tarde, faria esse pedido, especialmente depois da declaração dele no concerto.

Marília não poderia simplesmente fingir que nada tinha acontecido.

Ela olhou para o rosto do garoto, que estava cheio de ansiedade e nervosismo. Seus olhos desceram e se fixaram no colar de prata em seu pescoço, cujo pingente era um pequeno cadeado.

Foi ele quem pediu para ela desenhá-lo.

Disse que queria fazer um par de colares de casal com sua namorada.

Naquele momento, ela não sabia que o cliente era ele.

Depois, quando descobriu, tentou não se importar, querendo tratá-lo como um amigo comum.

Mas agora, sabia que não poderia mais fugir.

Marília ficou em silêncio por um momento e, então, falou baixinho:

— Posso pedir uma coisa para você?

Cipriano perguntou:

— O que você quer?

Marília olhou para ele:

— Vai me dar qualquer coisa?

Cipriano acenou com a cabeça, sem hesitar nem por um instante, e disse seri