Marília passou mais uma noite em claro.
Sempre que conseguia dormir, tinha pesadelos, sentia dor no estômago e sonhava com o filho perdido.
Quando acordou chorando pela terceira vez, Marília não se atreveu a dormir novamente. Sentou-se, vestiu-se e permaneceu sentada no sofá, olhando para o vazio. Esperou até que amanhecesse, sem vontade de sair, apenas permanecendo imóvel no quarto.
A fome no estômago a fez pedir comida ao serviço de quarto.
Ainda estava no café da manhã quando o celular de Marília tocou.
Era uma ligação de Zélia, e ela atendeu imediatamente. Do outro lado, Zélia perguntou de maneira misteriosa:
— Consegue adivinhar onde estou agora?
Marília ouviu ao fundo o anúncio no aeroporto e, quando ouviu "Serenópolis", sorriu.
— Você voltou.
— Isso! Acabei de desembarcar, já peguei minha bagagem e não pude esperar para ligar para você. Como você está? Tem tempo hoje? Vamos dar uma volta?
Marília não estava muito a fim de sair, mas, ao lembrar que teria que ver apartamentos com