Capítulo 335
Marília passou mais uma noite em claro.

Sempre que conseguia dormir, tinha pesadelos, sentia dor no estômago e sonhava com o filho perdido.

Quando acordou chorando pela terceira vez, Marília não se atreveu a dormir novamente. Sentou-se, vestiu-se e permaneceu sentada no sofá, olhando para o vazio. Esperou até que amanhecesse, sem vontade de sair, apenas permanecendo imóvel no quarto.

A fome no estômago a fez pedir comida ao serviço de quarto.

Ainda estava no café da manhã quando o celular de Marília tocou.

Era uma ligação de Zélia, e ela atendeu imediatamente. Do outro lado, Zélia perguntou de maneira misteriosa:

— Consegue adivinhar onde estou agora?

Marília ouviu ao fundo o anúncio no aeroporto e, quando ouviu "Serenópolis", sorriu.

— Você voltou.

— Isso! Acabei de desembarcar, já peguei minha bagagem e não pude esperar para ligar para você. Como você está? Tem tempo hoje? Vamos dar uma volta?

Marília não estava muito a fim de sair, mas, ao lembrar que teria que ver apartamentos com
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