Os pratos que Leandro pediu eram todos os que Marília gostava de comer.
Os pratos de que Marília gostava, ele também podia comer.
Depois que o homem fez seu pedido e o garçom levou o cardápio embora, Marília recolheu a mão, sentou-se ereta, levantou a cabeça e arqueou uma sobrancelha, olhando para o homem à sua frente:
— Leandro, o que você quer dizer com isso?
Marília não era boba. Depois de um breve pensamento, logo percebeu que aquilo não era uma coincidência.
Leandro respondeu calmamente:
— Eu só quero comer uma refeição com você.
— Jantar de despedida?
Leandro fez uma pausa.
Imediatamente, sentiu uma dor de cabeça ainda maior.
Leandro ficou em silêncio por um momento e, baixando a voz, disse:
— Mimi, mesmo que a gente tenha se divorciado, ainda deveríamos poder ser amigos. Não é normal que amigos jantem juntos de vez em quando?
Ao ouvir essas palavras vazias, Marília torceu o canto dos lábios.
— E depois do jantar? Vai para a cama comigo? — Leandro franziu a testa, seus lábios fin