Três anos haviam se passado desde que Domenic e Alex foram capturados pela máfia Rivale. O tempo parecia ter congelado naquela prisão escura e sufocante, onde a esperança era um luxo que não podiam mais se dar ao luxo de ter. Domenic, agora com 10 anos de idade, sentia-se como se tivesse vivido uma vida inteira naquele lugar infernal.
Enzo observava com um sorriso sádico enquanto seus capangas aplicavam métodos brutais de tortura em Domenic. O garoto estava indefeso, suas mãos firmemente amarradas, incapaz de se defender contra os ataques implacáveis que recebia.
Enzo se aproximou lentamente, o calor do cigarro aceso iluminando seu rosto sombrio enquanto ele se inclinava para perto de Domenic.
– Ainda não aprendeu sua lição, garoto? – provocou Enzo, pressionando o cigarro contra a pele exposta de Domenic. O garoto gemeu de dor, seus olhos se fechando com força enquanto tentava ignorar a agonia que o consumia.
– Você poderia nos poupar de todo esse problema se apenas cooperasse – continuou Enzo, sua voz suave contrastando com a crueldade de suas ações. Ele parecia se deleitar com o sofrimento de Domenic, como se cada grito fosse uma música para seus ouvidos.
Domenic cerrou os dentes, recusando-se a dar a Enzo a satisfação de uma resposta imediata. Cada parte de seu corpo doía, mas ele se recusava a ceder. Pensava em Alex, na promessa de que voltaria por ele. Era essa promessa que o mantinha lutando, apesar das probabilidades esmagadoras.
Enzo se afastou por um momento, observando Domenic com um olhar calculista. Ele se virou para um dos capangas.
– Traga as correntes. Vamos ver até onde ele pode resistir desta vez.
Os capangas obedeceram rapidamente, trazendo correntes grossas que prenderam Domenic ainda mais firmemente à parede. Cada movimento se tornou uma luta contra o peso das correntes, que cortavam sua carne já marcada pelas torturas anteriores.
Enzo caminhou ao redor de Domenic, avaliando-o como um predador que cercava sua presa. Ele sabia que tinha o garoto exatamente onde queria, incapaz de escapar ou resistir de forma eficaz.
– Você é teimoso, garoto. Eu lhe dou isso – disse Enzo, sua voz baixa e ameaçadora. – Mas todo teimoso tem um ponto de ruptura. E eu vou encontrá-lo.
Domenic ergueu os olhos para encarar Enzo, sua expressão um misto de dor e desafio.
– Você nunca vai me quebrar – respondeu ele com determinação, apesar da voz rouca e fraca.
Enzo riu, um som frio e cortante.
– Veremos – disse ele, antes de acenar para os capangas.
Eles voltaram com uma bandeja de instrumentos, cada um mais cruel do que o outro. Enzo pegou uma faca afiada e se aproximou lentamente de Domenic, sua presença como uma sombra na escuridão da cela.
Enzo segurava a faca afiada diante do rosto de Domenic, sua respiração pesada e olhar calculista. O garoto encarava a lâmina com uma mistura de medo e raiva contida, sua mente lutando para manter a calma apesar da dor que o consumia.
– Você ainda não aprendeu, não é? – disse Enzo, com um sorriso torto, passando a ponta da faca ao longo do olho até a bochecha de Domenic, deixando um rastro de sangue.
– A teimosia pode ser sua maior fraqueza.
Domenic cerrou os dentes, lutando contra a dor aguda que percorria seu rosto. Ele sabia que cada momento de resistência era uma pequena vitória contra Enzo e sua crueldade. Respirando fundo, ele manteve seu olhar fixo no adversário, recusando-se a dar a ele o prazer de vê-lo quebrar.
Enzo riu baixinho, como se estivesse se divertindo com a determinação de Domenic.
– Você acha que pode me desafiar? – provocou ele, trazendo a faca ainda mais perto do pescoço de Domenic.
– Mas, no final, todos cedem. É apenas uma questão de tempo.
Domenic não respondeu. Ele sabia que não podia lutar fisicamente contra Enzo e seus homens, mas também entendia que sua resistência mental era sua única arma verdadeira. Enquanto Enzo continuava a ameaçar, Domenic mantinha-se firme em seu silêncio, reunindo cada vez mais sua força interior.