Mundo de ficçãoIniciar sessãoNão sabendo de quem se tratava aquela mulher que passou um ano em coma para Pablo, estava difícil lidar com ela sendo que ela nem do nome lembrava e muito menos saber o que realmente aconteceu. Não sabia calcular a idade dela, mas a aparência era de 30 anos jovem ainda, mas que havia marcas de sofrimento no rosto, sem nenhuma documentação ficava difícil saber onde ela morava e nem o nome dela sabia para começar a fazer perguntas? Sem saber se era casada ou solteira ou divorciada? A única certeza que Pablo tinha era que estava gostando de cuidar dela sem entender o porquê dessa necessidade?
A princípio ele colocou o nome de uma mulher estranha, até descobrir o verdadeiro nome dela. Já que ela não tinha nenhuma documentação. Até ele descobrir a verdadeira identidade da mulher estranha como ele mesmo se referia a ela. Ele pensava em silêncio aonde eu fui me meter? Agora era tarde para ele se arrepender. Não tinha como voltar atrás. Estava envolvido até o pescoço e também não era tão mal assim, a única coisa que ele se preocupava era a desconfiança de seus filhos que perceberam que ele estava mudado e que estava escondendo alguma coisa. Ele sabendo disso, sabia que uma hora ia ter que revelar a verdade, principalmente quando o médico chamou ele para a sala perguntando: — Então o que pretende fazer? — Como assim, o que eu pretendo fazer com a paciente? — Sim, ela já está recuperada fisicamente, ela só perdeu a memória, mas com o tempo ela vai se recuperar, quero saber para onde ela vai? Onde ela mora? Já que o senhor é o responsável por ela. O senhor é parente dela? — Não, eu não sou parente dela, aliás eu nem conheço ela. Como eu disse: aconteceu porque tinha que acontecer, eu não podia deixar ela morrer naquele carro, o doutor já sabe da história. Eu preciso conversar com os meus filhos para eu poder preparar espírito deles, vou levar ela para a minha casa até ela se recuperar, ela vai ter todo o suporte e todos os cuidados — Então o senhor se responsabiliza por ela? — É claro, até descobrir o que aconteceu, depois eu entrego para as autoridades. Eles vão saber melhor como lidar com isso, porque é uma grande responsabilidade. — No dia seguinte, Pablo prometeu que voltaria para levar a paciente para a sua casa e tomar conta dela, assim como havia prometido ao médico responsável por ter cuidado dela na clínica particular. Antes ele precisava conversar com seus três filhos a respeito de tudo o que estava acontecendo. Ele chamou para seu escritório e fechou a porta. — Pai, o que está acontecendo? — Perguntou Ana filha caçula. Pablo ficou encabulado sem saber por onde começar aquela conversa difícil e como explicar que ia colocar uma estranha dentro da sua casa? — Amanhã vou trazer uma pessoa que vai conviver conosco. — O senhor vai se casar de novo? — Pergunta à Ana curiosa. — Não, minha filha, da onde você tirou isso? — O senhor disse que ela vai vir morar com a gente? — É de fato eu vou trazer uma pessoa, mas não é uma pessoa que eu vou me casar. — Eu não estou entendendo nada! Se não vai casar então, o que essa pessoa vai fazer aqui em casa? — É uma longa história, minha filha. — Quando o filho mais velho disse: — Então conte essa história que nós queremos saber? — Na verdade, eu salvei a vida dela que estava dentro de um carro que estava prestes a explodir! — Como assim? Papai? — Perguntou Ana espantada. — Foi o que aconteceu, eu estava tranquilo dirigindo o meu carro, quando vi que uma mulher estava dormindo no volante, o carro estava em alta velocidade, então vi que havia algo de errado, o carro desgovernado perdeu a direção e desceu a ladeira a baixo. — Pablo contou todos os detalhes de como aconteceu o acidente e como fez para salvar a mulher misteriosa. Com essa atitude nobre de Pablo despertou sentimentos de admiração e orgulho por parte dos três filhos dele. Estavam dispostos ajudar a cuidar da mulher estranha, a pergunta que deixou ele embaraçado. — Pai, como ela se chama? — Perguntou um dos filhos mais velho. — Não sei o nome dela! — Como assim? — Ela bateu forte com a cabeça no volante na hora que o carro estava rolando ladeira abaixo, ficou em coma um ano. — Quer dizer que o senhor está dando auxílio a ela há um ano? — Sim, minha filha. — Disse Pablo. Então vocês vão aceitar a mulher aqui em casa por alguns tempos até ela recuperar a memória? — É claro que sim papai! — Disse Ana. Depois dessa conversa todos aceitaram e estavam dispostos a ajudar o seu pai a cuidar da misteriosa mulher que ainda ninguém sabia o nome dela. Mesmo assim todos estavam dispostos a colaborar, embora não sabendo de quem se tratava, sem saber se a mulher era uma pessoa de bem ou uma assassina.






