Doze Meses
Doze Meses
Por: AutoraSfanneBR
Prólogo

DOZE MESES DEPOIS.

— Você está me ouvindo? Derek...?

Pisco os olhos atordoado, e logo deposito minha total atenção em Sabrina.

Ela está de pé, bem na minha frente, os braços cruzados em cima de sua barriga enorme de sete meses.

— Desculpe, eu estava... distante. — concluo, e forço um sorriso de lado.

— Acho que sei exatamente onde você estava.

Desvio meus olhos de Sabrina e os miro na grande estante mais à frente. Uma fotografia, em especial, fisga minha total atenção.

Na foto, estamos eu, Amanda e Lexie. E eu consigo lembrar exatamente do momento em que aquela fotografia foi capturada.

Foi exatamente no dia em que pedi Amanda em casamento, na primeira vez. No nosso quarto, no ápice de nosso amor.

— Derek...

Volto, novamente, meus olhos para minha irmã que me encara levemente irritada.

Ergo a sobrancelha.

— Eu sei o que vai dizer, tudo bem? Sei que vai dizer que estou sofrendo as consequências de uma escolha que eu mesmo fiz. Mas não é bem assim. Eu... eu estava confuso. Eu estava com medo.

— Não ia dizer isso, sinceramente.

Franzo a testa.

— E o que ia dizer, afinal?

— Que todos fazemos escolhas erradas na vida. Mas essa é a graça de se viver, Derek. Você pode errar algumas vezes e aprender com seus erros. E então você tem a chance de acertar, em seguida. — Sabrina sorri. — Você ainda pode acertar, irmão. E eu sei que sabe disso, não é?

— Mas, e se...

— Você a ama, certo?

Se eu a amo?

Se eu realmente a amo?

— Mais que tudo na vida.

Sabrina sorri abertamente.

— Sabe o que precisa fazer agora, não é?

Assinto.

Mesmo cheio de incertezas, eu sei o que preciso fazer.

Mais que isso: sei o que eu quero, de fato, fazer.

Ergo-me de imediato, tomado por uma onda súbita de coragem.

Atrás de mim, noto que Meg se aproxima. Ela estava segurando um dos braços de Lexie, enquanto minha menina caminha velozmente, como tem sido desde que ela deu seus primeiros passos.

— Hey, amor. — murmuro para Lexie.

Ela sorri, mostrando seus primeiros dentinhos inferiores.

— Papai! Papai! — a vozinha fininha de Lexie soa, junto a sua mais recente e encantadora forma de me chamar de pai.

Sorrio.

— Venha, querida. Vamos buscar a mamãe.

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