Othon
Encarei Karen, esperando ansiosamente por uma resposta à pergunta que estava me corroendo por dentro. Mesmo com os vidros escuros do carro, algo dentro de mim sabia que não era um homem quem estava lá dentro.
A resposta de Karen veio carregada de uma frieza cortante.
— Essa pergunta é ridícula, Othon. Você não tem nada a ver com a minha vida — disse ela, desviando o olhar.
Antes que eu pudesse reunir uma resposta, a porta do carro se abriu e um homem emergiu de seu interior. Ele era alto, com uma postura confiante que imediatamente me fez perceber que ali estava um rival em potencial.
— O que está acontecendo aqui? — ele perguntou, seus olhos fixos em mim com uma intensidade que não deixava margem para dúvidas.
Eu o encarei de volta, minha mandíbula cerrada com determinação.
— Nada que você precise se preocupar — respondi, a minha voz firme o desafiando a prosseguir.
No entanto, seu olhar parecia me desafiar, como se ele estivesse me avaliando, medindo-me em cada centímetro. E