༺ Pietro Beltron ༻
O ambiente ainda pulsa com a energia que deixamos ali. Nossos corpos suados, as respirações entrecortadas, o perfume do desejo pairando no ar… meus irmãos, ofegantes, observam o que resta nós dois.
Aproximo-me devagar. Meus dedos ainda seguram o chicote fino, que desliza preguiçosamente entre os meus dedos.
Não é para machucar, mas para provocar. E como o corpo dela reage quando toco o cabo na pele já me diz tudo: ela sente. Cada toque e comando silencioso.
Desenho linhas imaginárias com o couro frio por entre seus seios expostos, descendo pelo ventre trêmulo, roçando de leve em sua coxa. O arrepio que percorre seu corpo me obriga a sorrir.
Ela não vê, ainda vendada, mas sente que sou eu. Sempre fui o mais calmo. O que observa. O que espera o momento certo para agir.
— Agora só falta eu, coelhinha… — murmuro com a voz baixa, rouca, deixando que as palavras dancem no ar como um aviso. — E você já sabe que cada um de nós tem um toque diferente.
Amara engole em seco, q