— Nós vamos roubá-la daquele infeliz, vamos arrancar a toda minha família das mãos dele! — eu declarei me sentando na mesa, mesmo que já tivesse perdido todo o apetite.
— E como pretende fazer isso? — foi Marco quem questionou, ainda atrás de mim.
Mas naquele momento a última coisa que eu queria era falar com ele. Ódio borbulhava dentro de mim por pensar que o infeliz escondeu aquilo de mim.
Se eu soubesse teria adiado o casamento para salvar minha irmã antes que o pior acontecesse. Jamais deixaria minha pequena Alessia a própria sorte, para ser usada como moeda de troca com assassino pedófilos e doentes.
Saber disso me fez pensar em todas as vezes que li para ela e para nosso irmão, Enrico. Os dois me ajudavam a me distrair das regras infinitas, assim como os livros me tiravam da prisão em que eu vivia.
Tinha passado muito tempo ali e me esqueci de que deveria salvá-los também, havia ficado confortável ali e começado a pensar só em mim, mas agora era o momento de mudar isso.
— Não es