Capítulo 7

No laboratório, vou até a minha mochila que está pendurada em um dos ganchos na parede, a abro e pego o meu celular, me viro e dou de cara com... vocês sabem muito bem quem.

— Gostei da saia. — Okay, se alguém pudesse despir outra pessoa só com o olhar, eu estaria completamente nua agora.

— Eu também gostei, agora da licença. — Eu tentei passar por ele, mas ele se colocou na minha frente.

— O que está fazendo, Beca?

— O que você está fazendo, Elias? Me deixe passar de uma vez. — Droga droga droga, eu não pensei direito sobre isso!

— Não mesmo, nós dois sabemos que você veio assim pra me provocar, acha que sou burro?

— Eu até que achei, pra falar a verdade.

Ele solta uma risada forçada e dá um passo pra frente, eu dou um passo pra trás, na esperança de manter a distância. Eu me fodi agora, e pela expressão dele, ele vai me foder agora... e eu vou acabar fazendo, porque, aparentemente, quando se trata dele, minha força de vontade vai pra casa do caralho.

— Por que logo uma saia tão curta?

— Porque deu vontade. — Sorrio sarcasticamente.

— Beca... — Ele arrasta meu apelido, o prolongando, enquanto da mais um passo pra frente.

— Já perdi a conta de quantas vezes já pedi pra você não me chamar assim.

— Já devia ter desistido, porque é óbvio que eu não vou parar.

— Tá falando desse apelido, ou do motivo de estar me prendendo contra a parede de novo?

Ele sorri, um sorriso diferente dessa vez, sem nenhum sarcasmo ou deboche, eu chego a estranhar, mas consigo ver uma pontinha de luxúria em seu olhar. E pronto, agora estamos do mesmo jeito que estávamos ontem e eu estou tão quente quanto, se não mais!

— O Noah, né? — Ele está bravo? Não, bravo não, com ciúmes!

— Você tem que concordar que ele é muito bonito. — Arqueio uma sobrancelha saboreando essa provocação.

— Não acha que esse é um jogo perigoso demais, linda? Está realmente disposta a brincar comigo assim? — Eu mordo o lábio inferior e ele olha para minha boca instantaneamente.

— Ah, pode apostar que eu estou! Você que começou com isso, agora aguente. — Ele ri, levanta meu queixo com uma mão e deposita vários beijos em meu pescoço.

— Se você quer jogar, vamos jogar. — Beija de novo e eu jogo a cabeça para trás, a apoiando na parede. — Mas esse jogo só você ganha, ou nós dois ganhamos, o que acha? — Ele mordisca minha pele e eu arrepio inteira.

— Sou toda ouvidos. — O sinto sorrir contra minha pele.

— Ótimo. Eu vou te fazer uma pergunta, se eu achar que sua resposta foi sincera, você pode escolher o lugar onde eu vou te beijar, se eu achar que você está mentindo, vai ter que me deixar te beijar onde eu quiser.

Meu sangue esquenta e meu pulso acelera. Ele beija meu ombro afastando um pouco a manga da minha blusa e eu não consigo falar só concordo com a cabeça. Elias se levanta para me olhar nos olhos e sorri para mim, odeio o efeito que ele tem em mim.

— Ótimo. — Ele passa o polegar pelo meu lábio inferior. — Por que justo o Noah?

— Porque ele tem lindos olhos castanhos e um cabelo castanho escuro muito bonito, sem falar que ele é jogador de futebol americano e eu já vi o tanquinho dele. — Digo provocando mesmo sabendo que vou me arrepender depois.

— Se não fosse a parte dos olhos castanhos, poderia jurar que você está falando de mim.

Elias Wayne é o exemplo perfeito da espécime masculina aos meus olhos. O corpo dele, os olhos, o cabelo e até o jeito que ele me irrita é atraente.

— Eu sinto muito, Beca, eu realmente acho que não é por isso que você escolheu o Noah para me provocar. Você perdeu. — Minha imaginação vai longe tentando adivinhar onde ele vai me beijar. — Está preparada?

— Não. — Ele sorri e me puxa para um canto mais escondido.

Se alguém entrar aqui e nos pegar assim, sei nem o que vou fazer além de morrer de vergonha.

— Então feche os olhos. — E eu fecho, sou trouxa mesmo.

As mãos dele sobem pela lateral do meu corpo e seguem por baixo da minha blusa antes de desviar o curso para minhas costas e, com uma facilidade questionável, ele desabotoa meu sutiã e o levanta libertando meus seios, e isso tudo sem tirar os olhos dos meus. Ele levanta minha blusa, lentamente me deixando exposta, é a primeira vez que ele desvia o olhar do meu.

— Linda, amor, simplesmente linda. — Ele de abaixa e deposita um beijo em meu mamilo enrijecido pela excitação do toque dele.

— Elias! — Minha voz soa como um gemido, mas ele cobre meus seios de novo e me ajuda a fechar o sutiã.

— Se estiver molhada, podemos resolver isso mais tarde. — Completamente insatisfeita, eu seguro a nuca dele e seu rosto ganha uma expressão presunçosa.

— Me responde uma coisa, Elias, é isso que você quer de mim?

— Vai precisar ser um pouco mais específica, Beca. — Eu respiro fundo.

— Você quer transar comigo? Se você pudesse fazer isso aqui e agora, faria? — Ele me olha sério.

— São perguntas difíceis.

— Não são não, você só precisa responder sim ou não, não estou pedindo pra você justificar sua resposta. — Ele ri baixinho e balança a cabeça negativamente.

— Eu quero transar com você, estaria mentindo se dissesse que não, mas não faria isso aqui na escola, se é isso que você quer saber. Satisfeita?

— Não... quer dizer, eu não sei! Afinal, o que você pensa quando olha para mim? — Ele acaricia minha bochecha lentamente.

— Beca, você não sabe a quantidade de coisas que passaram pela minha cabeça só hoje quando te vi mais cedo. — Eu sinto um calafrio. — Mas isso pode esperar. Por enquanto, podemos ficar só nisso.

Ele sorri e encosta seus lábios nos meus, não me beija, só me deixa sentir a consistência da sua boca, enquanto nossas respirações se misturam. A mão que está em minha cintura começa a escorregar e eu já imagino pra onde ela está indo, mas eu controlo bem minha respiração dessa vez, afinal não é nada novo. Só que ele passa pela minha bunda e vai até minha coxa nua, depois sobe novamente por baixo da minha saia. Sua mão gelada acaba me dando um pequeno susto e ele alarga seu sorriso entre meus lábios, e só então ele me beija, calmamente, com sua língua explorando cada canto da minha boca. Sua mão volta para minha cintura ainda por baixo da saia, me puxando pra mais perto dele e colando nossos corpos. Eu coloco minhas mãos em volta do pescoço dele, devo ter ficado louca... mas a esse ponto, quem se importa?

— Elias... — Me arrependi de ter falado assim que eu abri a boca, saiu como um gemido ainda mais agudo do que o da primeira vez e eu sei o que ele vai pensar.

— Diga. — Ele sussurra sorrindo.

— As meninas... — Ele me interrompe.

— Estão te esperando, eu sei, vá lá, antes que elas venham e nos vejam assim, com minha mão embaixo da sua saia. — Ele sorri e se afasta um pouco me dando passagem, então eu vou saindo. — Ei, espera!

— O que foi?

— Sua saia. — Ele fala e ri enquanto vem em minha direção. — Está pra cima.

— Por que será né? — Eu ajeito e ele fica rindo.

— Okay, para. — Ele segura minhas mãos e me vira de costas. — Eu ajudo você. — Sinto ele mexendo, quando estou prestes a me virar para ele de novo, ele segura meus ombros e fala ao meu ouvido. — Calcinha adorável, escolheu pensando em mim também? — Meu rosto queima feito brasa.

— Tchau, Elias. — Digo envergonhada e nem olho para trás, só ando em direção a porta.

— Tchau, Beca, e vê se desbloqueia meu número.

— Vai sonhando.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo