Ponto de Vista da Serena
Eu vi a Stevie saindo da sala de festas enquanto terminava uma conversa com um gerente de relações públicas. Ela se movia rápido, quase como se estivesse tentando não ser vista, mas eu a conhecia bem demais. Seus passos estavam levemente vacilantes, e ela segurava a bolsa com força, como se fosse a única coisa a sustentar ela. Tudo aquilo era uma evidência clara.
Fiz uma desculpa educada, algo sobre precisar dar seguimento a uma ligação, e fui em direção à saída. Lá fora, o ar fresco da noite me atingiu, e encontrei a Stevie encostada na parede do prédio. Ela estava pálida, e havia uma camada de suor em sua testa que brilhava sob as luzes da rua.
— Stevie. — Eu a chamei, me aproximando dela. — O que você está fazendo aqui fora?
Ela olhou para cima, assustada.
— Estou indo embora. O que parece?
A voz dela estava cortante, mas sem a mordacidade de sempre. Eu cruzei os braços e parei a alguns passos de distância, esperando ela se explicar. Mas ela não falou nada.