— Não posso dizer!
— Eles ameaçaram? Oliver, olha pra mim. — O carro parou no sinal vermelho e Damian estava virado para trás. Oliver o encarou, o rostinho vermelho. — Eu não vou deixar que nada te aconteça, entendeu? Não precisa ter medo!
O carro de trás buzinou e Damian colocou o carro em movimento. Ao chegar na escola, ele fez questão de levar Oliver até a sala dele, onde as crianças olharam, surpresas, e começaram a cochichar.
— Quem é você? — um menino de bochechas rechonchudas perguntou num tom desaforado. Damian o olhou com frieza e o menino engoliu em seco.
— Eu sou o pai do Oliver. Algum problema?
— Isso é mentira! O pai dele morreu! Ele não tem pai!
Damian se inclinou para frente, ficando a meros centímetros do rosto do garoto.
— Eu pareço morto pra você? — ele perguntou, a voz como espetos. Damian ficou reto, ajeitando a postura e olhando ao redor. A professora entrou naquele momento e viu como um adulto parecia intimidar a criança, antes de se endireitar.
— Senhor,