Lucas reagiu como se tivesse levado um choque elétrico e empurrou Tânia para longe, fazendo-a recuar quase três metros. Com os saltos altos que usava, ela tropeçou e quase caiu, mas conseguiu se apoiar na estante ao lado para se equilibrar. Com a mão sobre o peito, respirava de forma ofegante.
Lucas se apressou em explicar para Camila:
— Não é o que você está pensando. Eu só estava puxando o braço para sair.
Tânia, por sua vez, também tentou justificar:
— Srta. Camila, por favor, não entenda errado. Eu acabei usando o copo do Sr. Lucas sem querer e só estava tentando lavá-lo.
O olhar de Camila, frio e analítico, percorreu Tânia sem qualquer emoção. Ela conhecia bem Lucas e sabia exatamente como ele era. Mas Tânia? Essa já era outra história. Por trás do sorriso educado, ela escondia uma personalidade ardilosa. Uma mulher que gostava de manipular e jogar pelas sombras. "Sapo cururu no pé, não morde, mas incomoda", pensou Camila.
Sem dizer nada, Camila abriu a bolsa e tirou um pequeno fr