Augusto achava que Pedro não passava de um ex-soldado, alguém sem importância. Sem medo, ele soltou um xingamento:
— Quem é esse moleque que me bateu? Vai me pagar, ouviu? Quebrou o meu osso! Quero cinco milhões, ou não vou te deixar em paz!
Pedro, ao longo de sua vida, raramente encontrava alguém que ousasse insultá-lo. E ameaçá-lo ou extorqui-lo, isso era ainda mais incomum.
Seu olhar imediatamente se tornou gélido. Sem dizer nada, ele agarrou o braço de Augusto e começou a arrastá-lo para fora da loja. Nem parecia que estava fazendo força.
Num piscar de olhos, Augusto já estava do lado de fora.
Camila, aflita, correu atrás deles.
Augusto, com a cabeça do fêmur machucada, não conseguia ficar de pé. Mesmo assim, Pedro o arrastou por uma boa distância, e as calças dele já estavam rasgadas de tanto esfregar no chão.
Pedro continuava puxando Augusto, sem pronunciar uma palavra, em direção a um canto mais isolado. Seus lábios estavam firmemente cerrados, o semblante era rígido como gelo.