Olívia
Os dias se passaram lentamente após a festa da Nefertari.
Olívia caminhava vagorosamente pela calçada do café de frente ao parque.
Pensava naquela noite horrível com raiva pelo medo que a assombrava todas as vezes que pensava no que aconteceu. O rosto de Hórus distorcido pela fúria, como se ela fosse uma vadia pega no ato de adultério.
Seus sentimentos nadavam em um marasmo de incerteza e descrença no futuro. Não conseguia olhar para ele, doía lembrar o quanto o amava e o quanto ele massacrou seus sentimentos. Todas as vezes que pensava o quanto se entregou, na certeza da eternidade desse elo, se sentia tão estupida.
Hathor sofria mais do que ela, sentia seus lamentos; a dor de seu espirito despedaçado pela ausência e saudades de seu companheiro de vida e morte.
Seu lamento triste ecoava em seu interior todas as noites quando seu corpo queimava em chamas com a necessidade de estar com ele. Olívia odiava se sentir assim.
Desde aquela noite, seus sonhos com ele mu