Simon Donavon
Continuo petrificado olhando o rosto repleto de repulsa e uma expressão de dor que jamais vi antes. E estar consciente disso me rasga por dentro, jamais imaginei que fosse possível compartilhar a dor de outra pessoa sem sequer estar no corpo dela.
E meu cérebro continua processando o que ela acabou de falar mas é como se minha mente estivesse se negando a aceitar essa informação por mais explícita que esteja na dor que ela sente se abrindo de dor.
— Christine do que você está falando? — Pergunto me afastando da porta pela qual eu estive prestes a sair e ir embora. Ir embora, fugir, assim como ela jogou na minha cara a minutos atrás. — Me explica do que exatamente você está falando — peço parando exatamente a frente do corpo frágil que não para de se contorcer devido aos soluços que solta enquanto chora.
— Foi a dez anos na noite de formatura da nossa turma. Você mais do que ninguém sabia o quanto eu estava ansiosa por aquela noite, não só pela noite em si mas também