Badá
Acordo nem sentindo meu braço, até eu abrir os olhos e me dar conta de que não estou em minha casa e ainda na casa da Maria. Caralho, faz tempo que eu durmo assim, mas tá desconfortável pra porra ela deitada no meu braço desse jeito.
Procuro o celular no meu bolso e olho a hora, ainda vai dar duas da manhã e eu tô caindo de sono. A irmã dela disse que sairia antes da meia noite, então o que significa que ela já chegou faz uma cota e nem me falou nada. Tento tirar o braço debaixo dela, mas sua mão está agarrada na minha e ela puxa quando eu tento tirar.
Mavi: Não vai embora não…
Badá: Achei que estava dormindo.
Mavi: ta desconfortável nós dois nessa cama minúscula, né? - sorrio murmurando um uhum e ela aperta mais ainda minha mão - Mas fica, vai embora não.
Badá: Eu não tô sentindo meu braço, Maria.
Mavi: Quer deitar no chão? Posso pegar outro colchão e nós dois ficamos no chão.
Badá: Quinze anos dormindo em cima de uma cama de concreto, o que eu menos quero é dormir no chão nesse