Alice Albuquerque Reis
Eu vou relembrando tudo o que ele me fez, vou descontando nele toda a dor que ele me causou na adolescência.
A: “O que te deu na cabeça para tentar matar o meu marido?”
Espero um pouco para ver a resposta que ele vai me dar, mas ele não fala nada, só me olha com muito ódio, o rosto dele já está todo vermelho e sangrando.
Ergo a minha mão para lhe dar outro tapa, mas sou segurada e reconheço esse toque, me viro para olhar e vejo meu lindo marido ali ao meu lado.
Quando vejo o Pedro ali, parado me olhando com ternura mas também com preocupação, sinto minha calma voltando, eu desabo no choro e ele me abraça forte.
O Pedro é meu ponto de equilíbrio, meu Porto Seguro, minha calmaria. A gente se entende somente pelo olhar. Ele continua me abraçando, ele me segura ao lado do seu corpo e me puxa para fora do galpão.
Depois de alguns minutos eu consigo me recompor, ele me dá um beijo no topo da cabeça e me olha com ternura.
P: “Você es