Hailey Silverstar
E, de repente, eu havia sido lançada de volta àquela velha fase de anestesia — um estado entorpecido em que nada realmente doía, mas nada também fazia sentido.
Eu respirava, comia, trabalhava, estudava, transava com Hunter… mas era só isso. Um corpo em modo automático.
Por dentro, eu era oca.
Minha mente vagava longe, como se procurasse algum lugar onde eu ainda existisse inteira, onde o vazio não me engolisse de volta.
A rotina virou um ruído distante — o som de um coração que bate por inércia.
E talvez por isso, quando Layla se mudou para a casa da frente, com a barriga já começando a despontar sob o vestido leve, meu primeiro impulso foi simplesmente fechar a maldita cortina.
Não queria saber.
Não queria sentir.
Não queria mais um lembrete de tudo o que eu não tinha, nem mais um drama para empilhar no espiral de merda em que minha vida havia se transformado.
Eu só queria o silêncio.
O nada.
Porque, naquele momento, o nada doía menos que qualquer tentativa de conti