Hunter Blood Moon
O beijo se alongou por alguns segundos, intenso e silencioso, até que senti Hailey se mover de repente. Seu corpo recuou bruscamente e percebi o acesso venoso quase sendo puxado.
— Cuidado! — murmurei, segurando sua mão com suavidade.
Ela soltou um chiado baixo, desconfortável. Apertei o botão de chamada e logo a enfermeira entrou, ajustando o soro e conferindo os aparelhos.
— Está tudo certo. Mas, por favor, tenham mais cuidado — disse, com um olhar de leve repreensão, antes de sair.
Ficamos nos olhando por alguns instantes, até que me afastei para o sofá-cama. O silêncio que se instalou parecia maior que o quarto, carregado daquela estranheza que só vem depois de um primeiro beijo — tímido, confuso, inesperado.
Hailey virou-se de costas, mas não consegui deixar de observá-la. O quarto estava quase todo na penumbra, iluminado apenas pela fresta de luz do corredor. Sua respiração era próxima o bastante para me embalar, mas inquieta demais para me deixar dormir.
— Che