— Não, senhor Cervantes. - Ela baixou o olhar, aquela era uma tristeza real. - Há uma viuvez no caminho. - Nenhum dos três ousou reagir. - Preciso ir ao terminal rodoviário do Gueto, terminar negócios de interesse comum.
— Siga. - Rafael ordenou. A limousine mudava de rota, atendendo-a. Sob a mira de uma arma, Helena desceu, surpreendendo os rapazes que havia contratado. Com precisão, identificaram o hotel em que os Stuart estavam hospedados. Recebiam seus prêmios. Ela retornava, submissa. Por um mísero instante, uma fração de segundo, aquela loba percebeu o vacilo da arma. O irmão tatuado havia se distraído. Ela se atirou contra a plataforma, agarrando-se a um ônibus que frenou bruscamente, arremessando-a contra o trânsito. Surpresos, a viam correr, sobre saltos, no contrafluxo do tráfego e sumir dentro da multidão.
— Selvagem. - Gabriel constatava.
— Gosto disso. - Rafael se divertia. - Quem diria? Uriel perder uma mira tão atenta? Cômico! - Ele gargalhou.
— Vou caçar sua namora