FINN
Delilah ofegava, cavalgando sobre mim, as mãos bem feitas apoiadas no meu peito. Ela jogava a cabeça pra trás como se estivesse vivendo algum tipo de êxtase religioso, mas tudo que eu sentia era o peso dela — pele na pele, movimento sem sentido.
Minha mente estava em outro lugar.
Eu nem estava naquele quarto.
Eu estava em Asheville.
Ainda naquela maldita casa.
Preso no momento em que Sloane bateu a porta do carro e se recusou a olhar pra trás.
Eu tentava me concentrar — nas mãos de Delilah no meu peito, no jeito como ela arfava meu nome — mas toda vez que eu fechava os olhos, só via Sloane. A expressão dela vazia, o silêncio mais alto do que qualquer adeus que ela poderia ter me dado.
Ela não respondia minhas mensagens. Nem minhas ligações. Já tinham se passado mais de quarenta e oito horas, e tudo que eu recebia era silêncio absoluto. Meu pai praticamente me expulsou de casa, vermelho de raiva, gritando que ia botar fogo em tudo se Delilah não saísse imediatamente. Eu nem discuti