Descobrindo o verdadeiro amor com o CEO ferido.
Descobrindo o verdadeiro amor com o CEO ferido.
Por: luproencio
1-O início

- Ana você precisa ir, me deixe seus documentos.

- Para que você precisa deles? Eu quero ficar com você esta noite, não vou te deixar.

- Não se preocupe vou ficar bem! Me prometa que vai cuidar de Isabel.

- Eu prometo! É claro que prometo, você e Isabel são tudo que tenho agora, e enquanto eu viver cuidarei de vocês, só tenho medo que ele me encontre e possa fazer algo a vocês.

Ana disse segurando as mãos da amiga, com lagrimas pelo rosto.

- Olhe eu tenho uma conta, vou te dar meu cartão, você saca o dinheiro da sua conta e deposita na minha, vou te dar também a senha, lá tem um pouco de dinheiro não é muito. Depois você vai para casa e fique sem vir aqui no hospital.

- Porque? o que você está pensando? Eu passo o dinheiro para você! Eu já disse que o dinheiro das ações é para você e Isabel caso aconteça algo comigo.

- Você confia em mim?

- Claro que confio Clara.

- Então faça o que estou te dizendo, eu só tenho mais uns dias de vida, é minha última vontade.

- Não fale assim por favor! Ana já estava aos prantos.

- E Isabel você não quer vê-la?

- Eu sei que você a ama como eu, que ela estará segura e será muito amada por você. Quero que saiba que você é um anjo que Deus colocou em nossas vidas.

- Não diga isso, você me ajudou muito. Você vai se recuperar eu sei!

- Não vou, o câncer já tomou todo meu corpo! Eu sinto dor dia e noite, isso não é vida, você e Isabel é bálsamo para minha alma, é o que ameniza minha dor.

Ana não sabia, mas Clara tinha um plano.

Ana já estava há um ano convivendo com Clara as duas se encontraram numa estação de trem descia a serra indo até o litoral.

Ana estava meio desorientada e Clara se sentou ao seu lado, vendo sua agitação ofereceu uma garrafa de água, ali começou uma grande amizade. Não só isso as duas se tornaram confidentes e cumplices uma da outra.

Ana con muito custo se despediu de sua amiga e foi buscar Isabel na creche. Ela havia cortado e pintado seu cabelo, antes eram dourados quase ruivos, hoje estavam castanhos.

Andava sempre de forma discreta, e evitava usar cartões de banco, estava receosa de fazer o que a amiga lhe pediu, não porque ela estivesse preocupada com o dinheiro, mas tinha medo de ser rastreada.

Ela caminhou de pressa para o ponto de ônibus, há um ano ela não tinha paz, estava sempre com o coração de sobressalto. Sua vida tinha mudado drasticamente, ela agora se escondia como uma criminosa.

O ônibus chegou, ela entrou sentou-se no fundo. Enquanto o ônibus trafegava pelas ruas movimentadas ela olhava o vai e vem dos carros e das pessoas.

Algum tempo depois ela puxou a campainha do ônibus e desceu três quadras da creche. Ela acelerou os passos e chegou ao portão, olhou para os lados para ver se não havia sido seguida, entrou e pegou Isabel.

Pediu um motorista de aplicativo, pelo celular de Clara que ela estava usando, elas haviam trocado, como no hospital, não podia se usar aplicativos de rede sociais ela só o usava para ligar para Ana, assim ele não seria facilmente rastreado.

O carro chegou, Ana foi para casa com Isabel, ela sempre diversificava o modo de agir, bem como o trajeto e os horários.

Enquanto entrava na casa vazia, se lembrou das palavras da amiga, ela não pode evitar de chorar. Se lembrava da sua própria condição estava só no mundo, depois que seu pai morreu ela se sentiu muito só.

Isabel era uma bebê linda, muito sorridente, estava com dez meses. Quando Ana conheceu Clara ela estava já com sete meses de gestação, Ana viu Isabel nascer.

Elas se tornaram como irmãs, Ana cuidou de Clara no fim de sua gestação e também durante este ano que ela esteve doente.

Clara descobriu a doença ainda na gestação e não fez as quimioterapias para não prejudicar a bebê.

No dia seguinte Ana foi até um caixa eletrônico e sacou parte do dinheiro que tinha na sua conta, fez um cheque do restante e colocou o dinheiro e mais o cheque na conta de Clara, sua conta ficou zerada.

Cuidou normalmente de Isabel, nem a levou para a creche não achou necessário.

Ana havia vendido suas ações para seu padrinho pouco antes de fugir, não era muito dinheiro a empresa de seu pai era pequena e suas ações eram poucas.

Quem não gostou nada, ao saber, foi sua mãe que constantemente a incomodava para que desse suas ações a ela para que aumentasse o poder de seu marido na empresa.

Ela não sabia que Ana havia herdado de seu pai, ainda em vida, quinze por cento das ações dele, quando soube foi até o apartamento de Ana e a esbofeteou.

Ana não falava há muito tempo com sua mãe, mas não pensou que ela faria isso com ela, em nome do amor que sentia pelo seu padrasto.

Ana tentou ligar para Clara, ninguém atendeu.

Mais tarde alguém bateu a porta, seu coração deu um pulo.

- Quem é? Ela perguntou olhando pelo olho mágico da porta.

- Sou entregador de uma floricultura, tenho uma entrega de uma amiga sua, ela disse para dizer que é uma lembrança para Ana e Isabel.

Ana entendeu que era algo de Clara, ela então abriu a porta ainda um pouco receosa.

- Assine aqui.

- Obrigada.

Ana entrou, fechou a porta com a chave, sentiu que algo estava estranho, seu coração se apertou, ela olhou para Isabel dormindo no carrinho ao lado.

Ela abriu um envelope com as mãos tremulas, e quanto mais ela lia, mais ela tremia sem acreditar no que estava lendo, ela desabou em choro.

Ana não entendeu ao certo o que a amiga tinha feito, ela entrou na internet e viu uma notícia que seus olhos estavam vendo, mas ela não queria acreditar.

Ana chorou a noite toda, nem se despediu de sua amiga, ela pensou em contar a verdade, mas desistiu quando pensou em Isabel e na promessa que fez a Clara, como ela poderia cuidar de Isabel, com Bruno atrás dela?

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