Jéssica se levantou e correu descalça até o sofá diante da janela. Encostou as mãos no vidro, olhando a noite lá fora. De repente, algumas lembranças íntimas lhe vieram à mente. A menina corou e tirou as mãos do vidro.
Ian entrou no quarto com passos tão leves que ela não percebeu. Ele a abraçou por trás, se inclinou para sentir o perfume do seu cabelo e disse com doçura:
— Lava o rosto e vem comer. O serviço de quarto acabou de chegar.
Jéssica se aconchegou no peito dele, saboreando aquele instante de ternura.
Ela estava com algo no coração: sua inscrição para uma faculdade de arquitetura na Inglaterra tinha sido aprovada. A notícia veio logo depois do Ano Novo, e ela ainda não sabia como contar a Ian.
Naquele momento tão suave, ela pensou em contar. Mas, antes que pudesse falar, Ian a pegou no colo e a levou para fora.
Na sala da suíte, as luzes estavam apagadas. Sobre a mesa comprida, havia um candelabro de prata com cinco velas acesas. Ao lado, um vaso largo cheio de rosas brancas