A chuva continuava. Apesar do caríssimo sistema de ventilação da mansão, Yasmin sentia umidade. Não sabia se vinha do ambiente, do passado, ou de seu coração.
Ao voltar para o quarto principal, Elder não estava. Yasmin pensou que estivesse no banheiro e chamou algumas vezes:
— Elder? Elder?
O banheiro estava vazio, o closet também. Sob a luz forte, Yasmin permaneceu por um instante, então se lembrou de algo e foi até o quarto ao lado. O carpete abafava seus passos, então o homem encostado na cabeceira não percebeu sua presença. Yasmin se aproximou e, antes mesmo de falar, a garganta já estava engasgada.
— Elder? — Ela o chamou suavemente.
O homem abriu os olhos lentamente, sorrindo com gentileza:
— Yasmin, o que houve? Por que os olhos estão vermelhos? Ainda está chovendo lá fora? Já amanheceu?
Yasmin ficou parada, com a grande barriga à frente. O bebê se chamaria Rosa Freitas, nome dado por Elder. Ele disse que poderia lhe dar apenas o título de "filho legítimo" ao bebê que estava na