Pequena casa no subúrbio sul.
Ao entardecer, o pôr do sol atravessava a cerca preta de ferro, iluminando o jardim repleto de hortênsias de verão.
A senhora idosa repousava em uma cadeira de bambu, aproveitando a brisa fresca da tarde.
Ao lado, uma empregada descascava castanhas frescas para ela.
Um carro preto brilhante parou do lado de fora do jardim. Agnes entrou no quintal amparada por David.
A senhora idosa levantou os olhos e sorriu:
— O que traz vocês aqui? Vieram ver a Helena?
Agnes, com os cabelos desgrenhados, cambaleou até a senhora e se ajoelhou ao lado da cadeira de bambu.
Controlando a emoção, ela perguntou com a voz trêmula:
— Rua da Planta, a senhora já morou lá, o aluguel era 200 reais por mês. No inverno não havia água quente, e para tomar um banho quente era preciso ir a vários quilômetros de distância, num balneário público, não era?
A senhorinha ficou surpresa. Ela parecia ter entendido algo e assentiu lentamente.
Agnes cravou as unhas na cadeira de bambu e, chorand