115. Capitulo

Me aproximei da minha mãe enquanto Ricardo seguia na direção de Eduardo. Ele o chamou para conversar lá fora, enquanto eu peguei a mão da minha mãe e, ainda de pé, trouxe sua cabeça para repousar no meu peito. Ela chorava e me pedia ajuda. Tudo o que eu queria era que ela se abrisse comigo, mas, na condição em que estava, eu não a forçaria a dizer nada.

— Calma, mãe. Eu tô aqui, tô aqui com a senhora. — Tentei acalmá-la.

— O Henry me odeia, filha. Ele me odeia.

— Não, mãe. Você sabe como o Henry é, igualzinho à senhora: rude, grosso e, muitas vezes, insensível. Mas logo passa. Foi só o choque. Daqui a pouco ele volta e conversa com a senhora.

— Eu conheço meu filho. Ele está me odiando. Meu Deus, tanto fiz para que isso não acontecesse. Queria que Deus me levasse de uma vez para acabar com tanto sofrimento na vida de vocês.

— Mãe, pelo amor de Deus, bate nessa boca ou eu mesma bato! Pare com isso. O Henry é adulto e precisa entender que a vida nem sempre é como queremos.

— Você me ent
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