— Então, mãe, a senhora acha que tem vivido bem todos esses anos?
A pergunta, carregada de ironia, fez o corpo de Bela ficar visivelmente tenso.
Gisele olhou para ela e continuou:
— A senhora realmente não precisa se preocupar com dinheiro, mas vive em uma casa registrada no nome do Rui, gastando o dinheiro que ele deixa disponível no cartão. Ele já te deu o amor e o respeito que um marido ou um membro da família deveria oferecer?
Os olhos de Bela tremularam, e seu rosto ficou pálido. Ela abaixou a cabeça, desviando o olhar.
Gisele sentiu uma pontada de arrependimento. Por impulso, havia deixado escapar palavras que guardava no coração há muito tempo. Sua mãe era naturalmente gentil e frágil, e agora, provavelmente, estava muito magoada.
Ela mordeu os lábios e disse em um tom mais suave:
— Me desculpe, mãe. Fui dura demais com as palavras agora há pouco.
— Você está certa. — Respondeu Bela, lentamente. — Minha vida realmente não é tão glamorosa quanto parece. Às vezes, me sinto até pio