Quando voltei ao escritório, vi Ângelo sentado na pequena sala de espera, com uma xícara de café à sua frente.
Aproximei-me e sorri com um ar de desculpa:
— Me desculpe por te deixar esperando tanto tempo. Eu estava preso em uma reunião no mercado.
Ângelo sorriu despreocupado:
— Não tem problema, hoje estou sem pressa, então pude esperar tranquilo! Quem deve estar preocupada é você!
Internamente, eu ri de leve. Nunca o vi realmente ocupado. A imagem que eu tinha de Ângelo era sempre a mesma: acompanhando mulheres em compras ou perambulando sem rumo. Ele olhou para o relógio e, sem hesitar, sugeriu:
— Srta. Luiza, que tal almoçarmos juntos? Já está na hora do almoço.
Recusei educadamente:
— Agradeço, mas já pedi para minha assistente trazer algo, porque tenho uma reunião às 13h e não dá para sair agora.
Enquanto falava, Amanda entrou na sala com as marmitas. Virei-me para Ângelo e perguntei:
— Se não se importa, Sr. Ângelo, quer almoçar comigo uma refeição rápida?
Por dentro, respirei