Outro tiro ecoou e algo quente respingou no meu rosto. O forte cheiro de sangue invadiu minhas narinas enquanto eu perdia a consciência...
Quando acordei, o pungente odor de desinfetante substituíra o cheiro de sangue.
Diante de mim, estava o olhar ansioso de Eunice.
- Luiza, você acordou!
Eu pisquei, sentindo dor por todo o corpo, especialmente no meu rosto.
De repente, senti um imenso alívio ao perceber que não estava morta. Pensei que tudo havia acabado, mas aquele tiro atingiu o homem com a faca? A ideia era aterrorizante! Se tivesse sido alguns segundos depois, eu não teria visto o sol nascer no dia seguinte.
Ainda me lembrava da sensação daquela faca brilhante se aproximando de mim.
- Graças a Deus você acordou!
Ela se virou e correu para fora, gritando:
- Ela acordou, Luiza acordou!
No instante seguinte, vi o rosto de Daniel e lágrimas inundaram meus olhos. Ele se inclinou e me abraçou.
- Está bem agora! Não chore!
Levei um tempo para me recuperar e perguntei:
- Foi qu