— Certo… eu entendo. — respondeu Rafael, passando as mãos no rosto, visivelmente desesperado. — Tem… tem algo que eu possa fazer? Alguma coisa, qualquer coisa, pra ajudar a salvar a vida dela? — sua voz falhou no final.
Gabriel olhou por alguns segundos, como se analisasse a sinceridade daquele homem, tentando medir se era um desespero passageiro ou algo mais profundo.
— Na verdade… sim. — respondeu de forma direta. — O que mais precisamos agora é de sangue. Ela tem um tipo sanguíneo um pouco mais raro, O negativo, e infelizmente o estoque do hospital está muito baixo. Já acionamos o banco de sangue da região, mas quanto mais rápido conseguirmos doadores, maiores são as chances dela se estabilizar.
Gabriel se inclinou um pouco, sério:
— Se você for compatível, pode doar. Se não for, pode nos ajudar encontrando pessoas que sejam. Cada bolsa de sangue pode ser a diferença entre ela viver… ou não.
Rafael se levantou na mesma hora, respirando fundo. — Eu sou O negativo. — respondeu sem pe