Vanessa achou tudo isso extremamente irônico.
Ela acabou de perder o bebê, ainda não fazia um mês, e o homem que causou a morte do seu bebê falava de forma tão leviana que ainda teria outros bebês no futuro.
— Não fique emburrada, está bem? — Bryan disse, tentando ser paciente.
— Para você, tudo que eu digo que não te agrada é só uma birra. Você nunca pensou que o coração das pessoas é feito de carne, e que nem toda dor pode ser curada.
— Eu vou compensar.
— Compensar? — Vanessa deu uma risada sarcástica e balançou a cabeça. — Bom, então eu te faço uma pergunta.
Na frente de Bryan, ela ativou a gravação no celular.
— Por favor, toque sua consciência e me diga, quem é o verdadeiro culpado pelo incêndio no velho bairro? Bruno, que estava na prisão, se suicidou ou foi forçado a isso? Eu quero uma verdade sua.
Enquanto observava a linha de gravação oscilar na tela, a testa de Bryan se contraiu.
— Vanessa.
— Eu entendi. — Vanessa desligou a gravação, fazendo uma expressão de desprezo. — Até