Maria Elisa Parker
Eu e Wesley estávamos dançando uma música lenta, ele estava cheirando meus cabelos, dava para sentir, e posso até arriscar em dizer que isso estava acalmando ele.
— Seu cheiro. — Ele diz próximo ao meu ouvido com a voz rouca me fazendo arrepiar até o último cabelo do meu corpo.
— O que tem?
— Me acalma.
— Que bom.
— Me desculpe, Elisa.
— Por?
— Por minha mãe.
— Você não tem culpa dela querer que você fique com a Ashley.
— Ela tem essa fissura na cabeça desde que ficamos adolescentes.
— São coisas de mãe.
— Ela vai acabar perdendo todos, papai uma hora vai cansar também.
— Seu pai é outra história, você é filho, não pode deixá-la, nunca.
— Por que você é tão boa?
— Eu não sou tão boa assim, Wesley.
— Claro, você também é a maluca do aeroporto. — Ele diz dando risada.
— E você é o ogro do aeroporto.
— Ogro? Assim você machuca.
— Quem vê, pensa que machuca mesmo.
— Já dançamos quantas músicas? — Ele pergunta olhando ao redor.
— Não sei.
— Vamos embora?
— Vamos! A ond