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Capítulo 3: Descobrindo algumas verdades

Lilly

Fecho a porta atrás de mim e olho para mamãe, que está sentada em seu lugar, parecendo aflita; alguma coisa não estava certa e hoje eu iria descobrir tudo.

— Mamãe?

— Sente-se, querida, precisamos conversar!

"Sim, realmente precisávamos, porque o homem que saiu agora era a réplica do homem que vi mais cedo."

— Lilly, você já está começando a se tornar adulta e entende muitas coisas, então vou ser sincera com você o máximo possível.

Suas palavras começam a me deixar mais atordoada.

— O Senhor Fox não quer mais você aqui!

— Se não, onde iremos morar?

Mamãe fica em silêncio, como se estivesse tomando coragem para dizer o que estava por vir.

— Não, querida, apenas você irá se mudar.

— Se for para sair daquela escola de riquinhos, por favor me diga aonde eu devo ir.

— Para a casa dele, ele quer marcar o casamento de vocês!

Ela fala instantaneamente, do mesmo jeito que o esparadrapo é retirado de um machucado.

— Ele quer marcar o casamento? Você também irá certo? Pergunto a ela, já sentindo o pavor tomar conta de mim.

— Não, querida, ele apenas quer você. Eu não irei junto.

— Não, eu não vou morar com um homem que não conheço. Muito menos me casar com ele ! Digo finalmente me posicionando pela primeira vez.

— Lilly, nós não temos escolha, querida. Estamos de mãos atadas, se você não for ele pode fazer algo contra nós querida. Mamãe diz tentando me consolar.

Levanto-me do sofá e começo a andar em círculos. Isso não podia estar acontecendo; Eu sabia que isso algo dia iria acontecer, mas não sabia que me afetaria tão fácil.

— Vamos embora! Podemos ir para outra cidade, trocar de nomes. Mamãe, por favor, não me deixe ir, eu não quero me casar com ele.

Ajoelho-me no chão em lágrimas, implorando para mamãe não me deixar ir. Por quê? Por que meu pai tinha que me dar em troca de uma dívida? O que seria de mim dentro daquela casa junto daquele homem.

— Sinto muito, querida! Mamãe me abraça e faz carinho em meus cabelos. Tento não chorar mais, mas as lágrimas insistem em cair sem que eu queira não queria deixar mamãe mais triste do que estava.

Vou para o meu quarto e faço tudo no piloto automático, como se tudo ao meu redor estivesse em câmera lenta. Visto meu pijama e me deito, passando um bom tempo olhando para o teto do meu quarto, até que finalmente acho uma decisão no final do túnel: o grande problema sou eu. Então, a única solução que me restava era fugir para bem longe, Senhor Fox não faria nada comigo e nem com mamãe se não pudesse me achar.

Não tenho muitas economias guardadas, mas posso pagar a passagem para qualquer cidade mais longe possível; até a rua seria melhor do que morar com aquele homem que assassinou meu pai

Decidida de minha decisão, levanto-me, visto um jeans junto com uma blusa regata, coloco meu moletom por cima, amarro meus cabelos em um rabo de cavalo e calço meus tênis. Olho para o relógio do criado-mudo e ainda são onze e meia; o último metrô para a rodoviária sai em meia hora, então terei que me apressar.

Abro a porta do meu quarto lentamente. Mamãe está deitada no sofá, dormindo enquanto passa um filme na TV. Meu coração aperta um pouco por ter que deixá-la assim. Mais essa era a única alternativa para que eu consiga ter minha liberdade e viver minha vida.

Destranco a porta e, ao invés de ir pelo elevador, desço as escadas da saída de incêndio. Oito andares depois, estou na recepção; o vigia noturno está distraído enquanto olha para as câmeras. Puxo meu capuz e espero o melhor momento para sair discretamente. Com muito custo, saio para fora.

O ar gelado da noite b**e em minhas bochechas a rua está praticamente deserta a essa hora. Não tenho celular, tenho que correr contra o tempo; não posso esperar. Quanto mais longe estiver, melhor. Ando até o próximo quarteirão o mais rápido possível.

Chego à estação de metrô e finalmente me deixo descansar um pouco. Tiro meu capuz e deixo o cansaço da caminhada rápida me invadir. Se meu pai ainda estivesse vivo, como seria minha vida? Fico tão vidrada olhando para a luz do teto que não vejo que finalmente o metrô fez sua última parada.

Desço na estação e subo as escadas, indo rumo à rodoviária. Chegando ao guichê, pego o próximo ônibus que sai em vinte minutos para a cidade de Clianver.

-

Aiden

Estou sentado na mesa do escritório com seis pares de olhos me encarando. A notícia de Lilly se juntar a nós não foi bem-vinda do mesmo jeito que eu pensava. Mas eles não tinham que gostar de nada; apenas obedecer. Eu tomo as decisões aqui e eles obedecem, gostando ou não.

— Se ela é problema seu, por que não some com ela para algum lugar? Austin diz me encarando, ele é o nosso irmão caçula. fora de casa; ele tem todo esse jeito rebelde e valentão, mas no fundo é um bom menino.

Só age dessa forma para se proteger. Mesmo ele não admitindo, sente falta de sua mãe.

— Porque quem é o mais velho e toma conta de tudo sou eu. Se você não gosta de como administro nossos negócios, pode dar o fora. Austin solta um suspiro de raiva enquanto revira os olhos; ele sabe que somos sua única família.

— Você mantendo essa pirralha longe da minha vista, do meu quarto e da minha bebida. Faça a porra que você quiser, Aiden, eu não ligo. Aaron é nosso irmão do meio a três anos atrás, sofreu um atentado com seu pelotão e resolveu aposentar mesmo sendo um excelente atirador não há melhor pessoa em campo para o combate; deixaria minha vida em suas mãos de olhos fechados.

— Não se preocupe, eu tenho a situação totalmente sob controle, digo a eles, quando sou interrompido pelo telefone tocando.

— Alô! Ouço uma respiração ofegante do outro lado da linha.

— Dá para falar, porra! Digo em um tom cortante e ouço um pequeno soluço.

— Senhor Fox, por favor, me perdoe. Eu não imaginei que ela faria isso. Por favor, não nos machuque; ela é apenas uma menina, está apenas assustada com tudo o que está acontecendo. Ouço a voz da mãe de Lilly pelo celular, aquela velha só tinha uma ordem não deixar nada acontecer com aquela garota e não deixar ela fugir de sua vista, era óbvio que ela tentaria ir embora assim que soubesse que quero ela ao meu lado.

— Que merda você está falando? Digo

— Eu já procurei por todo o apartamento; ela não está aqui, ela fugiu. Ouço mais choro, Jogo a porra do celular pela parede; o barulho dele se chocando com um quadro é estrondoso, olho para frente e Adam, Aaron e Austin estão segurando um leve riso.

— Acho que você não tem tudo sob controle, como disse, irmão. Adam fala com seu tom sarcástico de sempre.

Que caralho essa pirralha acha que está fazendo?

Quem ela pensa que é para desacatar uma ordem minha?

— Ela não pode estar tão longe. Adam, rastreie todas as câmeras desde nosso prédio até ao redor. Aaron, chame seus homens; se ela pensa que vai sair da cidade, está muito enganada. Quero todas as saídas da cidade fechada.

— E eu? Austin pergunta, querendo fazer parte.

— Você vai junto conosco. Arrume suas coisas, saímos em dez minutos.

Depois de verificar todas as câmeras ao redor do nosso edifício, Adam descobriu que a pequena coisinha tinha o intuito de largar a cidade. O que ela não sabe é a magnitude de eu conseguir tudo o que quero com um piscar de olhos.

Aaron já tinha chamado sua equipe; a mesma estava em todas as saídas da cidade para localizar o ônibus em que aquela criatura estava. Se ela pensa que poderia fugir de mim, está redondamente enganada. Ela me pertencia, gostando ou não; foi dada a mim e não abro mão daquilo que me pertence com facilidade.

Alguns minutos se passaram e finalmente os homens de Aaron avisam que acharam o ônibus com destino a Clianver na ponte da cidade sentido a saída.

— Acharam sua garota! Ele afirma.

Aaron e os outros partiram na frente com suas motos; sigo atrás com nosso carro para buscar Lilly.

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