Dangerous Connection
Dangerous Connection
Por: Christina AL
Reid

ATUALMENTE

O som que ecoava no ambiente era calmo.

As pessoas circulavam de um lado para o outro, cumprimentando se e sorrindo falsamente uns aos outros.

Dava para sentir o clima asqueroso que aquilo era, e o covil de cobras o qual eu me encontrava. James e eu já estávamos na escada que dava acesso, ao andar de baixo, onde ficava o teatro, local do evento. Olhei para o par de olhos castanhos claros ao meu lado, e o mesmo me passava segurança, sorri em agradecimento e respirei fundo, logo começando a caminhar. O salão, estava lotado, cheio de pessoas refinadas, seguranças, mafiosos e suas acompanhantes de luxo, toda a corja se encontrava ali.

O rapaz ao meu lado me guiou elegantemente, olhando de lado para James, percebi o quão confortável ele se encontrava naquele momento, parecia que ele já era acostumado com aquele tipo de coisa.

Retorno meu olhar para o salão, mas em seguida vejo um rapaz vindo em nossa direção, caminhando em passos largos e aparentemente nervoso, assim que ele nos vê, para no mesmo instante e nos observa.

Era ele, o Reid.

O meço de cima a baixo e, caralho como ele era incrivelmente lindo, devo confessar isto. Reid era alto, possuía belos olhos castanhos num tom esverdeado, loiro e tinha tatuagens que começavam por seu pescoço e notei que iam até suas mãos. Puta que pariu, porque logo ele, tinha de ser o assassino de Anthony?

Que homem, meu Deus!

James me dá um puxão disfarçado e, volto a caminhar. Passo ao lado do assassino de Anthony e lanço-lhe um olhar, dando um sorriso de lado, continuando assim minha caminhada até o salão e, juro que podia sentir seu olhar queimar minha pele.

Tento ao máximo focar meus pensamentos, no evento que acontecia em minha frente. Todos nos olhavam... Olhavam para mim. Percebo que os homens estavam hipnotizados e algumas mulheres boquiabertas. Fiquei um pouco desconfortável, mas o meu eu interior estava amando ser o centro das atenções, e isso fez com que eu me sentisse ainda mais poderosa....

Durante toda a festa, várias pessoas se dirigiam a mim, cumprimentava James e os outros rapazes. Já estava cansada daquilo tudo, de toda aquela atenção, queria um pouco de descanso, então resolvi dar uma volta pelo local e assim a acabei entrando na primeira porta que vejo, ao olhar para frente percebo quem se encontra lá e sorrio.

— Perdão, não sabia que já estava ocupado.— falo e ele olha para trás, sorri de lado e dá uma tragada em seu cigarro, sexy pra caralho.

— Relaxa, pode ficar a vontade.— diz ele e o agradeço, logo em seguida me apoio na varanda observando a cidade.

— Aqui é lindo não é mesmo?— falo tentando puxar assunto.

— É, tem uma bela vista.— responde e termina o cigarro, olhando na mesma direção.

O silêncio que se estendeu a seguir , durou por alguns minutos, que pareceram horas. Sentia o olhar dele em mim o tempo todo, e confesso que estava ficando constrangida, isso nunca havia me acontecido e estava me incomodando, não era para eu sentir essas coisas.

— Vai ficar aí só me olhando ou, vai me dizer o seu nome?— tento chamar sua atenção para outra coisa, e ele se assusta..

— Andrew, Andrew Reid— estende a mão— e o seu?— pergunta e aperto sua mão também.

— Victoria Palmer, prazer em te conhecer Reid.— minto meu sobrenome e o vejo engoli a saliva quando o chamo de Reid, interessante.

— Hm, desde quando participa de eventos como este?— pergunta e o encaro.

— Não participo, estou apenas fazendo companhia para um amigo.— digo.

— Você sabe que esse seu amigo veio para uma festa de socialites que fazem parte

do mundo do crime, não sabe? Como mafiosos, ladrões de banco...— ele diz e dou risada.

— É claro que sei, se não nem aqui teria pisado.— respondo.

— Então você gosta desse mundinho?— diz.

— Andrew Reid, eu gosto de muitas coisas. Mas, esta daqui não é uma delas, principalmente porque eu cago para esse povo, não sou puxa saco de bandidinhos de meia de tigela.— falo revirando os olhos.

— De onde você veio?— pergunta curioso.

— Venezuela, estou tentando ganhar a vida por aqui.— minto e sei que ele sequer acredita.

— Porquê será que não consigo acreditar em você?— mordo os lábios.

— Não precisa acreditar em mim, acabamos de nós conhecer Reid, sequer sabemos da verdade um do outro.— digo cada palavra observando cada reação dele.

— Não vou cair nesse seu joguinho, sei que tem alguma coisa aí, que não está de encaixando.— diz se aproximando.

— Joguinho? Tenho maturidade o suficiente para encarar as coisas, sem fazer joguinhos.— também me aproximo.

— Estou começando a pensar, que talvez você seja só mais uma vadiazinha acompanhante.— dou mais um passo para frente e passo a mão em seu rosto, descendo até o tórax.

— E eu aposto, que você está louco para comer essa vadiazinha aqui— falo baixo em seu ouvido— Mas hoje não é seu dia de sorte, ainda mais porque, você sequer faz meu tipo.— digo e vejo a raiva surgir em seus olhos.

— Olha...— o interrompo.

— Até em breve Reid, foi um prazer enorme te conhecer.— me despeço dele e saio daquele lugar satisfeita.

Um tempo depois, já estava novamente com James, e vejo o loiro sair acompanhado de seus amigos, um deles, Ryan vem até mim para se despedir. Havia gostado dele e ele de mim logo de cara, mas eu não poderia dar para trás só por ter sentido empatia por ele, o que estava decidido, estava decidido.

Ao dar meia noite, também me retirei deixando os rapazes para trás pois teria uma festa mais privada, a qual eu não tinha interesse nenhum em participar, meu corpo queria minha cama e apenas isso.

Dias depois

— Mais uma por favor.— peço ao barman e ele assente, me entregando mais uma cerveja.

Volto para a pista de dança balançando meu corpo conforme o ritmo da música, era agitada então eu pulava e me balançava pra lá e para cá. Era a segunda vez que vinha neste lugar, desde que cheguei em Vancouver e estava amando, tinha séculos que eu não sabia o que era curtir de verdade. Uma música sensual começa a tocar e deixo meu corpo levar com a sensação, jogo a cabeça para trás e vou balançando minha cintura, quando ergo meu olhar, na espaço vip vejo Andrew Reid me observando. Sorrio para ele e levanto minha cerveja em forma de cumprimento, e começo a dançar novamente. A música é lenta, e desço até o chão e subo novamente, jogo meu cabelo para o lado e passo a mão por meu corpo, faço esses movimentos enquanto vou mantendo o contato visual com ele, fecho os olhos por alguns segundos e ao abri-los, vejo que o loiro não se encontra mais no local.

Ignoro e continuo a dançar, mas lá no fundo, eu queria saber aonde ele se enfiou e com isto, acabo dando uma olhada rápida para os lados.

— Procurando por mim?— me assusto com sua voz rouca em meu ouvido, me arrepiado por inteira.

— Sem chance.— digo e me viro, nossos narizes acabam se roçando pois ele estava muito perto de mim, bem perto mesmo.

— Não faz esse joguinho morena, assume que quer ir para minha cama.— fala e dou risada jogando a cabeça para trás.

— Já disse para você que não faço jogos, se eu quiser algo, serei bem direta.— falo e ele me puxa pela cintura.

— Então também serei direto com você. Eu quero te foder desde a primeira vez que a vi, por essa sua boquinha linda para me chupar, para gemer meu nome enquanto como você de todas as formas possíveis.— ele diz e me aperta, posso sentir um volume vindo dele e começo a me excitar e minha boca se enche de água.

— Você é uma delícia sabia, mas se acha demais.— o afasto de mim e saio em direção ao banheiro. Quando entro dentro do mesmo, sinto meu corpo ser empurrando com brutalidade e escuto a porta ser trancada.

— Na verdade morena, você é quem se acha demais.— sinto sua voz baixinho em meu ouvido.

— Não Andrew, me solta.— falo para ele, sentindo um misto de raiva e excitação em mim.

— Acredito que não seja isso que você realmente queira.— ele diz e aproxima os lábios dos meus, minha respiração acelera. Mas não deixo me abalar, quando ele encosta seus lábios nos meus, dou uma joelhada em seu membro, o fazendo se curvar de dor.

— Nunca mais tente me beijar contra minha vontade. Não é não!— falo para ele e saio do banheiro, escutando ele gemer de dor e me xingar, dou um sorriso de lado e saio da boate. Hoje a noite já deu o que tinha de dar, prefiro ir para minha casa e ter uma noite tranquila, pois em breve terei de lidar com Andrew Reid. Enquanto isto não acontece, quanto mais longe dele eu estiver, melhor para mim pois preciso continuar observando e conhecendo um pouquinho mais de longe, preciso saber cada passo dado por ele e depois, me infiltrar em seu bando para os destruir de vez.

Reid mal pode esperar.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo