XXIV

Desci correndo pelas escadas do prédio, devo admitir que não conheço bem meus vizinhos, dos andares de baixo, fico pouco em casa, mas minha vizinha da frente tenho um bom relacionamento. Já apagou vários focos de incêndio no meu apartamento, e seu marido coitado... Já limpou muito meu teto. Seu filho menor Lucas vive lá em casa quando eu estou, é claro. Mas hoje foi o dia de conhecer meu vizinho do segundo andar. Como estava dizendo, estava com pressa, abri a porta que dava para o saguão do prédio e pasmem, quebrei o nariz do Sr. Porter. Meu Deus, como eu pude fazer isso com um senhorzinho de quase oitenta anos... Olhei o avozinho sangrando muito, não sabia o que fazer e comecei a chorar desesperadamente. Claro que juntou tudo que já estava acontecendo na minha vida, desabei, ele me abraçou e tentou me acalmar. Peguei meu telefone e liguei para meu escritório explicando o que havia acontecido e que iria até o hospital com ele. Chamamos a Sra. Porter para ir junto.

- Calma mi

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