— O que está acontecendo?— Com o susto minha voz saía assustada entrecortada com a respiração.
— Fique calma, não é nada demais. Os responsáveis civis vão resolver.
Eu não consegui vê, pois estava muito escuro. Mas a voz de Lúcio estava muito próxima. O calor do corpo dele se juntou ao escuro me causando um conforto. Aos poucos pude sentir o corpo relaxar, mesmo sentindo que suas mãos estavam por minhas costas me mantendo de frente para ele. Agradeci que pelo menos estava escuro, pois agora eu não tinha nem cara para encara-lo.
Lúcio tateou a procura do botão ao ouvir uma voz masculina sair por ele.
— Estamos bem, resolva o mais rápido de puder. — Lúcio respondeu com o rosto direção ao que parecia ser um interfone.
Senti que Lúcio estava me olhando, mesmo que estivesse escuro. Sua mão permanecia firme rodeando meu corpo. Permanecemos calados por alguns minutos. Eu senti vontade de sentar ali mesmo no chão, mas estava com vergonha de dizer para ele. Como se ele soubesse dos meus pensam