Leonardo me olhava surpreso.
— Você fez o que?
Sustentei o olhar dele.
— Comprei um telefone para ela. Aquele traste do seu avô tomou o celular da menina.
Estávamos sentados em uma mesa no fundo do bar que costumávamos frequentar. Pela primeira vez eu não estava me sentindo bem ali, principalmente por que a garota que trabalhava ali como garçonete e que ficava comigo de vez em quando não parava de me olhar. Eu não estava com cabeça para mulheres naquela hora.
— Como ela passou esses dias?
Encolhi os ombros.
— Do mesmo jeito. Acho que estava sentindo sua falta.
Ele parecia preocupado.
— Não consigo entender por que ela parou de falar. Meu Deus! Isso não faz sentido.
— Porra cara! Não estava nos nossos planos que eu fosse escoltar sua irmã, meu objetivo naquela casa é outro e você sabe qual é.
Ele me olhou sério.
— Vai me deixar sozinho agora? Eu não sei como cuidar dela.
Eu estava agoniado, por que agora eu também estava preocupado com ela.
— Vou segurar a onda um pouco, mas não pense