Antoni Armand
A porta da frente se fechou suavemente atrás de mim, abafando o som distante da cidade lá fora. A noite estava tranquila, com uma brisa fria que fazia as folhas no jardim dançarem ao vento. Suspirei, sentindo o peso do dia em meus ombros. O trabalho tinha sido longo e cansativo, mas agora eu estava em casa, o único lugar onde podia respirar de verdade.
Tudo parecia incomumente silencioso. Nenhuma música vinda da sala, nenhuma risada suave ecoando pelos corredores. Estranhei. Isabella quase sempre estava acordada quando eu chegava, mesmo nos dias mais longos. Subi as escadas devagar, meus passos ecoando no piso de madeira. Talvez ela tivesse ido para a cama mais cedo.
Ao me aproximar da porta do quarto, senti algo diferente no ar. Era como se houvesse uma energia leve e vibrante ali, quase palpável. Girei a maçaneta devagar, empurrando a porta com cuidado.
E foi então que eu vi.
A cena diante de mim era algo que jamais esqueceria. Balões rosa e azul estavam e