“Abigail Zapata”
Eu odiava que o clima entre o Martim e eu estivesse esquisito, como se pisássemos em ovos o tempo todo. Eu gostava quando ele era divertido e confiante e até preferia quando ele era uma besta que me irritava, mas eu odiava que ele estivesse confuso e com medo de me tocar ou de se aproximar e até mesmo de falar comigo.
Quando as meninas sugeriram o beijo e ele não me tocou eu me senti vazia e com frio, como se tudo estivesse revirado e de cabeça para baixo. Então eu o instiguei, eu queria que ele tivesse me pegado sem preâmbulos, sem senões, como havia sido em todas as outras vezes que ele me beijou. Mas ele não fez isso.
Um desespero começou a tomar conta de mim e eu precisava fazer alguma coisa para mudar essa situação. Então eu o provoquei e como ele continuou ali me olhando sem me tocar, eu fui em frente, criei coragem e o beijei. E eu me concentrei em dar a ele o melhor beijo da minha vida e quando eu senti suas mãos em minha cintura e a sua língua finalmente cede