“Cassandra Nomikos”

Assim que chegamos ao apartamento, o Ignácio me pediu um minuto e desapareceu no corredor. Eu dei uma olhada em volta e o lugar era muito amplo, decorado de forma elegante e discreta como o proprietário. Ele havia acendido apenas as luzes indiretas, que tinham um brilho dourado e deixavam o ambiente iluminado de maneira agradável.

Eu caminhei até a grande porta de correr fechada, toda em vidro, que separava a sala da varanda, um espaço amplo que se integrava a sala. Eu passei os braços em volta do meu corpo e olhei para fora. Uma música suave começou a tocar e eu percebi, pelo reflexo do vidro, que o Ignácio havia voltado à sala e deixado algo sobre a mesinha. Ele caminhou lentamente até onde eu estava. Eu não me virei, apenas observei o seu reflexo no vidro, ele era tão elegante em seus movimentos fluidos, como um felino que dá cada passo com graça e leveza.

Ele pousos as mãos nos meus ombros e desceu bem devagar, acompanhando os meus braços, enquanto nossos olhos