— Senhor Blackwell, desculpe, mas precisamos do seu depoimento novamente.
Irritado, Ethan levanta o olhar para o policial que acabava de entrar na sala e fala:
— Caralho, de novo? Eu já estou sentado nessa merda, há sete horas! Vocês tiraram meu celular, aparece um pastel igual você a cada duas horas e me pede pra repetir tudo de novo.
O policial, um homem a beira dos trinta anos com olhos assustados, suspirou, cruzando os braços.
— Eu entendo sua frustração, senhor Blackwell, mas essa é uma investigação séria. Precisamos esclarecer alguns pontos.
Ethan soltou uma risada irônica, passando as mãos pelo rosto.
— Esclarecer? Eu já disse tudo o que aconteceu. Mas vocês continuam me segurando aqui como se eu fosse um maldito criminoso.
O policial puxou a cadeira e sentou-se à frente dele, abrindo um bloco de notas.
— Quem é Eda Martin?
Ethan bufa.
— É a mãe da minha esposa.
Com toda calma do mundo, o policial escreve em seu bloco.
— E onde está a senhora... — ele olha novament